terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Linha do tempo do Globo de Ouro

12/1972: Estréia - Ao vivo em dezembro de 1972, criado para tapar o buraco deixado por Chacrinha na grade global, que estreava na Tupi. Dali em diante, edições eram às quartas-feiras de forma mensal. Eram compostas pelas 10 músicas mais tocadas nas rádios daquele mês, cada artista gravava sua música de forma isolada, ou seja, não era ao vivo. Apresentação (em rodízio) de Antõnio Marcos, Vanusa, Jerry Adriani, Sandra Bréa, Wanderley Cardoso, Odair José e Murilo Nery. Tinha como quadros,os "Grandes lançamentos do mês" e o "Hit parade do passado" Em 13/12/1972 marcou 57.2 de audiência no Rio de Janeiro contra 18.9 da Tupi.


03/1973 - Apresentação de João Lorêdo. Ao longo do ano, foram exibidos quadros como "O Som das paradas", "O som dos disc-jóqueis", "O som dos artistas", "O som das discotecas", entre outros.


03/1974 - Apresentação de Aloysio Legey. Arranjos musicais diferentes dos discos para evitar cansaço do público. Para músicas que ficassem muito tempo nas paradas, arranjos musicais e coreografias diferentes a cada apresentação. Pouco depois, ficou sem apresentação, tendo apenas vinhetas dos números de 1 a 10 com o nome da música em off ao fundo.

1975 - No fim do ano, houve um Globo de Ouro especial premiando os destaques do carnaval de 75.

1976 - Mesmo esquema de exibição, mas passa para as sextas-feiras. Apresentação de Walter Lacer com platéia (grupos de estudantes convidados para as gravações no Teatro Fênix). Em agosto, com o fim do Programa Silvio Santos, passou a ser exibido aos domingos por um ano.

1977  - Passa a ter participação de auditório variado, sendo gravado antecipadamente com apresentações seguidas. Apresentação de Tony Ramos e Christiane Torloni. O primeiro colocado na parada passou a ganhar um prêmio, entregado pelos apresentadores. Único ano do quadro "Saudade não tem idade", que recordava sucessos do passado. Foi pros domingos a tarde (16h30).

1978 - Volta pras quartas-feiras, sempre na última do mês. Se houvessem 5 quartas, seria exibida uma parada internacional.

1979 - Volta pras sextas-feiras.

1980 - Reprises dos melhores momentos dos anos anteriores dos programas no começo do ano. A partir de maio, esquema normal.

1981 - Sem oportunidade nas possíveis 5ªs sextas do mês. Passa a ter direção de Márcio Antonucci com apresentação de Dennis Carvalho e Myrian Rios. O quadro "Geração 80", estreado timidamente no ano anterior, passa a ter apresentação de Nadia Lippy e Kadu Moliterno, com músicas destinadas ao público jovem. 

1982 - O quadro "Geração 80" passou a ser apresentado de forma isolada aos domingos. Acumulado a média geral da faixa "Sexta Super" em geral, foi o 7º programa mais visto do ano.

1983, 1984 e 1985 - sem mudanças no formato

1986 - Maurício Nunes assume a direção do programa. Sai Dennis Carvalho e entra Lauro Corona.

01/1987 até 03/1987 - Ao invés da reexibição das mais tocadas do ano, o programa fica fora do ar.


Exceção de um especial em 01/1987, de sucessos internacionais no Brasil, dedicado especialmente ao jazz.


04/1987 - Volta com Isabela Garcia e César Filho com direção de Dennis Carvalho. Mostrava, além das mais tocadas, as mais pedidas em cada região do país. Parte das músicas passou a ser gravada sem playback. O cenário, que era um palco, se transformou numa arena circular com arquibancadas mais próximas do artista.

1988 - Volta a ser semanal e ao vivo, sendo exibido nas tardes de domingo. Os três primeiros domingos do mês eram formados pelas 3 músicas mais tocadas no país + A música mais pedida em cada região do país (5 músicas). No último domingo eram exibidas as mais tocadas no mês nacionalmente. As arquibancadas foram ampliadas permitindo mais telespectadores nas gravações. Em setembro, Cláudia Abreu assume o posto de Isabela Garcia, que foi se dedicar inteiramente às gravações de Bebê a Bordo.

1989 - Em janeiro, volta para as quartas, com Cláudia Raia e César Filho. Em março, Isabela Garcia e Guilherme Fontes, recém saídos de Bebê a Bordo ficam à frente do musical. A direção também muda: Maurício Tavares é quem assume o posto. O quadro "Saudade não tem idade" volta ao programa, juntamente a outro ligado a datas especiais (Os 35 anos do rock, por exemplo). Em setembro, Guilherme Fontes foi substituído pelo locutor de rádio Jimmy Raw. Outros quadros vieram com o locutor: "Flashback", músicas antigas que marcaram época; "Grandes encontros", onde artistas realizavam duetos e "Homenagem ao compositor", com canções de grandes nomes da música brasileira cantadas pelos artistas da época.

1990 - Direção passa a ser de Roberto Talma e Boninho. O último programa do ano foi apresentado por Adriana Esteves e Jimmy Raw, com as 18 atrações musicas mais bem avaliadas no ano.

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Imagem de VIVA Play

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Os primeiros programas infantis da Globo

Hoje resolvi fazer um post sobre os primeiros programas infantis da Globo. Mas não vou falar sobre aqueles programas batidos, tipo Vila Sésamo ou Globinho, embora esse último até mereça um post futuramente. Vamos falar daqueles esquecidos, que estão nas profundezas do conhecimento televisivo. Chega desse prólogo chato e sigamos ao que interessa:

UNI DUNI TÊ
Começando bem do começo (rs), o Uni Duni Tê não foi só o primeiro programa infantil da Globo como foi também o primeiro programa a ser exibido pela emissora como um todo. Entrando no ar pontualmente ás 11 da manhã no dia 26 de abril de 1965, a professora Fernanda Barbosa Teixeira, a Tia Fernanda para os íntimos, dava lições, brincava, lanchava (característica marcante era o constante copo de leite bebido na refeição) e rezava com os seus alunos. Tudo bem simples, com um cenário de sala de aula comum: o quadro negro e as carteiras escolares feitas de madeira marcavam presença na cenografia. Fernanda viajou aos Estados Unidos com a produção do programa para fazer um estágio após o processo de seleção para escolher a professora da atração. Ela não era o único adulto presente na sala de aula: o maestro Armando Ângelo atendia por senhorita música (???), sempre junto ao seu piano atendendo aos chamados das crianças. Essas, por sua vez, podiam enviar cartas e desenhos a produção. O horário sempre foi muito incerto, mas durante quase 4 anos, a aula era certa de segunda a sexta-feira. Saiu da grade em 31 de dezembro de 1968.

CAPITÃO FURACÃO
Uni Duni Tê não foi a única estreia daquele dia. O fim de tarde reservava mais uma surpresa para  o público infantil. E que surpresa! Quem entrava no ar de segunda a sexta, sempre às 17h era o capitão Furacão, personagem interpretado durante 6 anos por Piettro Mário. Os próximos 120 minutos ficavam por conta de suas histórias nas viagens que havia feito e desenhos animados, e o sucesso foi imediato. O público podia fazer parte da tripulação: ao enviar para a produção uma foto e rótulo de um produto dos patrocinadores da atração (na época Confeitaria Gerbô e calças Furacão), era recebida uma carteirinha de grumete. Em um mês, 3 mil crianças já haviam entrado para o clube (Ao final, eram mais de 10 mil). Caravanas eram organizadas com destino aos estúdios para crianças verem o programa e interagir com o capitão. A partir de 1967, Elizangela (sim, a atriz) entrou como apresentadora, sendo a fiel assistente de Furacão. A cenografia era basicamente a cabine do navio do capitão, com um figurino inconfundível: jaqueta azul e quepe, além de uma longa barba branca. Havia "platéia" para realização de gincanas, que junto com as histórias logo foram sendo diminuídas afim de priorizar a exibição dos desenhos e curta-metragens, mas mantendo as lições e incentivos educativos dos apresentadores. O encerramento ficava a cargo do Capitão, sempre com um "Sempre alerta e obediente". Capitão Furacão foi o 1º grande sucesso de audiência da TV Globo, sendo dirigido e produzido por Hélio Tys. Saiu do ar em 31 de dezembro de 1970.

ZÁS-TRÁS
A estreia de Zás-Trás se deu também em 26 de abril de 1965 - porém era exibido apenas em São Paulo pela TV Paulista, com apresentação de Márcia Cardeal e Aristides Molina, o "Titio", um "herói" do programa. A redação era de Renato Correia e Castro com direção de Renan Alvez, tendo como fórmula brincadeiras e desenhos animados. Apenas praticamente 4 anos depois da sua estreia, em 7 de abril de 1969 começou a ser transmitido para os cariocas, sempre de segunda a sexta na faixa das 11h30 da manhã com uma hora de duração. Nesse período, o núcleo de produção se transferiu para o Rio de Janeiro, deixando Márcia de lado e colocando Ted Boy Marino à frente da atração, apresentando apenas filmes e desenhos animados. Em 31 de julho de 1970 o programa abandonou a grade e só retornou em 3 de julho de 1972 no horário das 16h, onde era exibido de segunda a sexta com 2h15min de duração. Márcia voltou a apresentação ao lado de Guto (?). O tempo era basicamente preenchido por seriados estrangeiros como "Terra de Gigantes", "Túnel do Tempo", "Tarzan", "Bip Bip Show" e "Família Dó Ré Mi". Alguns seriados já eram exibidos a cores de forma experimental, mas a fase durou pouco: Em 20 de outubro foi encerrada, e deu seu lugar ao sucesso Vila Sésamo.

O MUNDO MÁGICO DE ALAKAZAN
Com estreia em 2 de maio de 1965, e permanecendo sempre às 18h30 do domingo, o programa produzido por Paulo Monroe tinha meia hora de duração, sendo dividido em duas partes: a primeira era feita nos Estados Unidos com a apresentação de um show de mágica, e a outra ao vivo do estúdio B da Globo, como um programa de auditório apresentado por Hélio Ribeiro, tendo participação de crianças e palhaços que brincavam com a platéia. Saiu do ar ainda em dezembro daquele ano.


CLUBE DO TITIO
Estreou em 2 de fevereiro de 1966, sendo exibido sempre aos sábados, com horário variado, mas se mantendo às manhãs, tendo sido o mais constante entre 12h e 13h. Gravado no auditório da TV Globo, o programa também distribuía prêmios aos telespectadores. Teve sua última exibição em 2 de novembro de 1966.












AS AVENTURAS DE EDUARDINHO
Simplesmente ninguém sabe que dia estreou, mas foi em 1966. Originalmente exibido na TV Excelsior com idealização de Vicente Sesso, o seriado passou a ser produzido pela Globo naquele ano e exibido aos sábados às 19h. A trama envolvia situações da atualidade da época com folclore nacional e internacional, com crianças que a cada episódio encontravam personagens históricos ou escritores famosos após longas aventuras. Praticamente um plágio do Sítio do Picapau Amarelo, Cada episódio contava com participações especiais de diversos atores, além do elenco fixo. Foi a estreia do ator Marcos Paulo na TV Globo, com Dennis Carvalho interpretando o personagem-título. As gravações eram feitas em São Paulo e editadas no Rio de Janeiro. Saiu do ar em 1968.



LILICO & COCÉGAS
Programa de humor voltado as crianças que estreou em 29 de novembro de 1969, com os humoristas Lilico e Rony Cocégas, entrando no ar às 18h e permanecendo meia hora na grade dos sábados. O programa de estreia homenageou os 1000 gols de Pelé, como se vê no anúncio ao lado. Saiu do ar em 28 de fevereiro de 1970.













TOPO GIGIO ESPECIAL
O ratinho lançado no programa de auditório "Mister Show" fez tanto sucesso que angariou um programa só seu, estreando em 28 de novembro de 1970, aos sábados, sempre às 13h30. Suas histórias eram orientações às crianças para suas obrigações cotidianas, como escovar os dentes ou fazer orações. Comum eram participações de artistas, como Elizangela e o grupo TheFevers. A mais recorrente era a de Agildo Ribeiro, sempre cantando cantigas da época com o ratinho. Sempre ao encerrar o programa, Topo Gigio aparecia de pijama para dar um boa noite cinderela nas crianças. Saiu do ar em 6 de fevereiro de 1971.


LINGUINHA X MR. YES
Estreando em 11 de outubro de 1971, Chico Anysio protagonizava esse seriado que tinha apenas 8 minutos: era exibido entre o Jornal Nacional e a novela das 8, O Homem Que Deve Morrer (mais precisamente às 20h). Chico interpretava Harrey Carrey do Nascimento, um homem comum que se transformava em super-herói ao colocar a língua pra fora, daí o nome Linguinha. O grande inimigo, como o próprio título sugere, era o Mr. Yes, personagem de Luiz Delfino, que tinha várias gangues a seu serviço (Uma delas era a Marajoaras, liderada por um chefe cruel, interpretado por Iran Lima). O objetivo principal do vilão era dominar o mundo com a poluição do ar. Vários outros personagens rondavam a história, como o velho hippie Lingote, pai de Linguinha, interpretado pelo próprio Chico Anysio, tendo características únicas: viciado em vitaminas, gostava das músicas de Valdick Soriano e Carlos Galhardo, tomava elixir paregórico e misturava sal de frutas com leite de magnésia. Tinha como bordão a frase: "Bateu pra tu?". Grande Otelo marcava presença no elenco, usando uma peruca arrepiada: ele interpretava Cassius Ali, um homem que elaborava truques dos filmes de James Bond. Nizo Neto, filho de Chico, fez uma ponta como um menino de rua. Jorge Lorêdo, o famoso Zé Bonitinho, também esteve no seriado, como um bandido que repetia 5 vezes a mesma frase. Linguinha era um bom exemplo: não brigava ou matava, nem portava armas. Nunca saía de casa sem escovar os dentes, tomar banho e pentear os cabelos. A audiência correspondeu positivamente e a repercussão foi além das expectativas: o gesto da língua era repetido a todo momento pelas crianças, além de um lançamento de trilha sonora do programa, em vinil (lógico), contendo 12 faixas, cantadas pelos mais diversos artistas. Uma curiosidade interessante: a cenografia se virou como pode para produzir as máquinas que eram usadas por Mr. Yes afim de concretizar seus planos, guardar num laboratório sempre reabastecido de novas engenhocas. Também era gasto muito gelo seco, simulando a fumaça poluída que dominaria o mundo. Com redação de Arnaud Rodrigues e direção de João Lorêdo, o seriado teve seu último capítulo em abril de 1972.

IMAGENS DE Memória Globo, InfanTV, blog Daileon e januzzi.net
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domingo, 7 de janeiro de 2018

"Alguém avisa pro Carlos Monforte que já inventaram o videotape"


Abertura do 1º Bom Dia Brasil
O Bom Dia Brasil estreou em 3 de janeiro de 1983 às 7 da manhã. Com a palavra, Carlos Monforte (foto mais abaixo). Eis as primeiras falas do apresentador: "Bom dia Brasil. Está começando nesse momento o primeiro programa telejornalístico apresentado dos nossos estúdios em Brasília para todo o Brasil. Este programa nasce com o novo Brasil, um Brasil mais polêmico, mais democrático, que surgiu das urnas de 15 de novembro. Toda manhã bem cedinho, de segunda a sexta-feira estaremos aqui com as notícias, e as pessoas que são notícia". Após este breve "prefácio", o mesmo anuncia as pautas do dia. Entre elas, uma que seria uma grande tradição do programa em seus primeiros anos: o café da manhã com personalidades da época que estivessem na capital. Na estréia, 8 minutos de perguntas do repórter Carlos Henrique para o então presidente João Figueiredo. Foi a última pauta daquele dia. No primeiro ano de programa, foram mais de 700 entrevistados.

Carlos Monforte na apresentação do 1º programa
As entrevistas eram trabalhosas de serem feitas. Por volta das 6 horas da manhã ou até mesmo antes, os repórteres do programa já desembarcavam na casa do entrevistado do dia. Virou praxe os políticos que seriam a atração do quadro organizarem uma mesa cheia: Bandejas de frios, cascatas de frutas, montanhas de pães, rios de geleias, pirâmides de flores (Almanaque da TV Globo, 2006). As equipes de reportagem se viam obrigadas a retirar as extravagâncias do banquete para iniciar as gravações. O 1º programa contou também com o deputado Jorge Cury, esse em estúdio, para uma conversa sobre o PTB. Além disso, uma reportagem sobre a cidade de Brasília e fortes chuvas em Minas Gerais. Parece pouco - e realmente é. O Bom Dia Brasil tinha meia hora para apresentar tudo que estava repercutindo na capital. Uma curiosidade é que como na época o IBOPE só media os números a partir das 8h da manhã, não se pode saber quanto a atração nova marcou.

Presidente Figueiredo no 1º programa
A linguagem do Bom Dia Brasil apostou na informalidade, o que na época foi algo realmente inovador. De uma forma mais didática, o telejornal explicava ao telespectador com um vocabulário mais popular as questões políticas e econômicas que eram abordadas. Carlos Monforte dividia a função de apresentação com a de editor-chefe. Os comentários de economia ficavam por conta de Marcelo Netto, e a política nas conversas de Antônio Britto e Álvaro Pereira. A previsão do tempo para todos os estados e o movimento nos aeroportos também marcavam presença.

A primeira vez que o Bom Dia Brasil não foi apresentado em Brasília foi justamente motivada pela política. No dia 18 de abril, o presidente Figueiredo decretou medidas de emergência no Distrito Federal e 10 cidades de Goiás (maiores explicações não vem ao caso nesse post). Junto da emenda Dante de Oliveira, que tinha como objetivo restabelecimento de eleições diretas no Brasil, foi declarada censura prévia às emissoras de rádio e televisão, proibindo transmissões ao vivo sobre tais atos. Sendo assim, a equipe do Bom Dia Brasil se transferiu por apenas um dia para Minas Gerais em 25 de abril (dia em que a emenda seria votada), levando junto dois entrevistados.

O programa também fazia entradas ao vivo. Em 1985, por exemplo, na fachada do Hospital de Base, alertando sobre as últimas notícias do estado de saúde de Tancredo Neves.

Em 1987, o Bom Dia Brasil ganha nova abertura e arranjo musical

Em 1991, Carlos Monforte deixou o Bom Dia Brasil. No seu lugar, Antônio Augusto, que permaneceu até 1993, quando o programa completou 10 anos. Não foi só ele que passou por essa fase na apresentação: há registros de Mônica Waldvogel na mesma bancada (foto mais abaixo). Marca do telejornal também foi o telefone vermelho, que pode ser visto na foto ao lado, que era usado para comunicação com correspondentes internacionais. Na mudança aos 10 anos, ele continuou, agora sob o comando de Luís Carlos Braga. O cenário mudou, e agora o apresentador poderia dividir a tela com 2 entrevistados.

Em 1º de abril de 1996, o Bom Dia Brasil mudou totalmente. A sede do telejornal passou da capital para o Rio de Janeiro. A política perdeu espaço: Cultura, comportamento, dicas de moda e gastronomia foram integrados ao programa. O projeto, segundo o diretor da CGJ (Central Globo de Jornalismo) Evandro Carlos de Andrade, era transformar o Bom Dia Brasil em uma "revista matinal", mais leve e descontraída. Renato Machado foi o apresentador e editor-chefe da nova fase, junto de Leilane Neubarth. Mais mudanças: A ida do telejornal para o horário das 7h30, e ganhando mais meia hora de arte, ficando assim com 60 minutos. Outro ganho foi uma sala de estar no cenário. Originalmente Renato Machado propôs apresentar o telejornal apenas na tal sala, mas para não deixa-lo informal demais, Evandro (o mesmo da CGJ) permitiu o cômodo de forma que a bancada continuasse no cenário: e assim se fez. A bancada era usada para apresentação de notícias, e a sala, nas entrevistas. Em 1998, a sala passou a ser usada nas apresentações de matérias também.

Os novos cenários do Bom Dia Brasil

Em 2000, o cenário integrou a sala e a bancada. De São Paulo e Brasília, falavam José Roberto Burnier e Cláudia Bomtempo, respectivamente. Em 2002, Renata Vasconcellos substituiu Leilane Neubarth e Mariana Godoy passa a ancorar de São Paulo. Em 2004, o jornal voltou a investir mais na política e na economia, sem deixar de comentar assuntos culturais e esporte, com entradas ao vivo no escritório da Globo em Nova Iorque. Novos movimentos de câmera foram testados no telejornal.

A abertura mudou ainda em 2000, e até hoje mantem o mesmo modelo. Acima, a logo do ano supracitado. Mais tarde em 2007, viria uma nova versão, desta vez com o fundo mais alaranjado. Em 2004 o telejornal apresentou sua primeira "série de reportagens", chamada Dança Brasil. Foram 4 matérias sobre os ritmos e as origens do carnaval.

Imagens: Memória Globo, Pedro Janov (YouTube), Dilermando Dias (YouTube), Gui de Televisão (YouTube)
Infos: Acervo Folha de SP, Acervo Jornal do Brasil, Memória Globo, Almanaque da TV Globo