terça-feira, 17 de outubro de 2017

Zelda Scott deixou Juba & Lula em 1989 e a coisa degringolou

Juba & Lula. Quem foi dos anos 80 se arrepia ao ouvir esses nomes. Já vem a música incidental do "Armação Ilimitada" na cabeça do indivíduo. Virando e mexendo na tela, de forma não muito frequente, mas sempre às sextas-feiras depois da novela, o show desses dois é lembrado até hoje pelos fãs. Tanto que em 2005, pouco antes de fazer 20 anos, o seriado ganhou reprise duas vezes por semana no Multishow, quatro contando com os horários alternativos. Mas se você já ficou extasiado, achando que vou fazer aqui um panorama de Armação, sinto dizer que está enganado. Exceto nesta frase que segue, não será citado nenhuma Zelda Scott, nenhum Bacana, nenhuma Ronalda Cristina, nenhum Chefe, e muito menos uma DJ Black Boy. Mas, pra introduzir o programa Juba & Lula, é mais que necessário saber um pouco sobre a história de Armação. Vamos que vamos.

UM TRIÂNGULO DE BERMUDAS
No longínquo 1985, a abertura política estava praticamente consolidada. A censura já não tinha mais tanto poder sobre a TV, e a ordem era inovar, em tudo. E aí, partindo da vontade de querer surfar e se aventurar por qualquer lugar que fosse, Kadu Moliterno e André D' Biase apresentaram a ideia de um seriado radical para o diretor Daniel Filho. A ideia surgiu como? Depois de uma sessão de surf dos dois. As reuniões para decisão de outros fatores que influenciaram no programa foi algo totalmente pertinente ao que se veria posteriormente na tela: grupos jovens ao lado da dupla protagonista à postos para expor suas ideias. O nome foi decidido no banheiro. Ou melhor, quando Daniel Filho voltou do banheiro. Segundo D' Biase, foi dali que, literalmente, a ideia do título saiu: 'Já tenho o nome. Isso é uma armação ilimitada, vocês querem fazer esse programa só para pegar onda'. A estreia foi no dia 17/05/1985.

A MAIOR ONDA
Esse foi o título do último episódio de "Armação Ilimitada", totalizando 40 programas, exibido em 08/12/1988. Naquele ano, o seriado enfrentou a pior crise de sua existência. A frequência quinzenal gerava problemas para as ilhas de edição, que ficavam congestionadas (eram necessárias 40 horas para a produção de um episódio), e para as gravações, que envolviam muitas cenas de perigo e cenários peculiares. Não deu outra: após 2 episódios em abril de 88 (000007 contra o Doutor Fantástico de 07/04/1988 e O Cavalo Branco de Napoleão de 21/04/1988), o seriado foi suspenso: e só voltaria em setembro. Nesse meio tempo, as reprises de praxe tamparam o sufoco do show de sexta-feira. Dentre esse período nada confortável, boatos que os atores principais estariam negociando uma ida ao SBT tomaram conta da imprensa, o que foi desmentido pelo próprio D'Biase posteriormente. As gravações retornaram para o episódio Bacana, a Alegria do Povo, exibido no dia 01/09/1988. Agora o seriado seria mensal, o que realmente aconteceu. Hoje é Dia de Rock e Totalmente Demais (06/10/1988 e 24/11/1988, respectivamente) vieram como uma temporada de consolação afim de entregar o fim do seriado, conforme já dito. Era o fim...

... OU NÃO
Quer dizer, Armação terminou mesmo. Mas a dupla do seriado continuava firme e forte. Programado para estrear no dia 20/03/1989, "Juba & Lula" retornaria com a ilustre dupla radical de Armação, agora com um enfoque maior na ecologia. A direção vinha de Roberto Talma. Os 4 blocos iniciais seriam uma gincana entre jovens, entre 11 e 17 anos. O 5º seria uma 'aventura', renovada a cada semana, com 5 capítulos cada uma. No dia 17 daquele mês, os atores receberam o primeiro texto, proveniente de Ronaldo Santos e Charles Peixoto, esse último sendo o único que ficou de Armação. Mas esse texto demorou pra ir ao ar. O seriado foi remanejado para 8 de maio, e mais tarde ficou pra 5 de junho, justamente no Dia Internacional do Meio Ambiente. Além disso, a data vinha a calhar, por cobrir um período onde muitas crianças entram em férias.

FALHOU
Após o 1º episódio, as críticas foram bizarras: pensando se tratar de um novo Armação, as pessoas sentiram falta das doses mais pervertidas da dupla, reclamando da exposição de tanta ecologia. A audiência também não foi das melhores (Disponibilizo abaixo gráficos de audiência do seriado), e isso não compensava o alto custo de produção. Estes fatores levaram Boni a decisão de retirar o programa da grade de programação. Roberto Talma lutou pela permanência do programa: quando a saída foi anunciada, em 5 de julho, já haviam mais 6 histórias prontas para ir ao ar, o correspondente a 30 capítulos. Para tentar salvar a atração, ainda que tarde, as partidas realizadas no cenário fixo do programa, seriam substituídas por partidas de esportes aleatórios em quadras poliesportivas de vários pontos do país. Mas realmente não deu certo. Era o fim, o 2º fim.

AUDIÊNCIAS
Para uma análise mais completa, deixo gráficos de audiência do programa. Os dados são provenientes das tabelas que constam no site da AEL/UNICAMP, e correspondem a região de São Paulo. Para ampliar, é só clicar na imagem.
P.S.: como não encontrei dados da 6ª e da 8ª semana nas tabelas, eles não foram inclusos.










Com informações de:
Acervo Folha de S. Paulo
Acervo Jornal do Brasil
Acervo Estadão
Memória Globo
Dicionário da TV Globo
Almanaque da TV Globo
Site Canal VIVA 
AEL/UNICAMP

Fotos:
Acervo Folha de S. Paulo
Acervo Jornal do Brasil
VIVA Play

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Valeu, amizadinha?

Malu Mulher extasiava e entusiasmava as mulheres do fim da década de 1970, cada vez mais motivadas a buscar os seus direitos, quebrando tabus existentes até então. Mas segundo a própria Globo, a "pregação política" de Malu já não dava mais certo na grade para seguir uma nova temporada em 1981. Surge então Amizade Colorida, onde a a luta de Malu (Regina Duarte), era substituída pelas aventuras cômicas e incertezas do fotógrafo Eduardo Lusceno (Antônio Fagundes), um típico esteriótipo de "machão". Ele aceita qualquer trabalho pra faturar um, especialmente se for com alguma beldade. Mesmo machista, ele o rejeita, e tenta aprender a viver numa sociedade onde a mulher tem seu espaço. O nome do produto não seria Amizade Colorida, e sim Edu Homem. Mas a Globo, com medo de uma reação equivocada do movimento feminista, que poderiam considerar aquilo uma provocação às mesmas, trocou o título.

Edu: Classe média, 32 anos, 1.81m, 80 quilos, bigodes negros e sotaque paulista.
Os textos do seriado eram escritos por Armando Costa, Bráulio Pedroso, Domingos de Oliveira e Lenita Plonczynski. Esta última escreveu o que foi escolhido para abrir o seriado, em 20/04/1981: "Isso Acontece". Seria, na verdade, o texto intitulado como "Voo Livre", que foi deslocado para o terceiro da série (intitulado então como "Vertigem nas Alturas"). De toda forma, o terceiro programa foi o primeiro a ser gravado. Até 26/02/1981, a equipe de redatores já havia entregue 4 episódios. Além dos 2 já citados, se enquadram neste grupo "Barriga" e "Das Dificuldades de Ser Homem". Estava tudo certo pra entrar no ar... ou não. Por que será?

Foram extintas da programação as famosas Malu Mulher e Carga Pesada (com o próprio Antônio Fagundes). Para essa última, foi criada Obrigado, Doutor com Francisco Cuoco. Nos dias restantes, ficavam as veteranas O Bem Amado e Plantão de Polícia. Criar o seriado que mais tarde se tornaria Amizade Colorida surgiu da própria cúpula da Globo, que já considerava Malu chata. Para justificar ao público, a desculpa para o fim da personagem na telinha foi o "esgotamento temático". Chuvas de cartas pedindo a permanência do programa da personagem foram em vão e a Globo não voltou atrás. Sentia-se na emissora a vontade de fazer agora um produto focado no homem e na sua visão de mundo, após tanto tempo demonstrando os sentimentos e a percepção de Malu. De inicio, foi pensado um "negativo do feminismo": ainda falar sobre a vida das mulheres, suas condições, afazeres e sentimentos, mas sob a ótica masculina. Esse seria o Edu porco, que acabou evoluindo em 90 dias de reuniões dos redatores para construção do personagem. Ele acabou se tornando uma junção de todos os tipos de homem: uma junção de visões que ia do padre ao michê. Até o dia da estreia, a série era tratada como mistério. Ninguém sabia de que diabos seria, utilizando uma expressão dita pela jornalista Maria Helena Dutra ao se referir ao seriado. Segue uma breve síntese do que foi apresentado pelo seriado no curto período em que esteve no ar.

ISSO ACONTECE
Era 20/04/1981. No episódio inicial, Edu sofre com impotência sexual ao ter um caso com uma modelo. O título do capítulo faz jus ao acontecido: "Isso Acontece". A estreia foi criticada, como sempre acontece. Muitos disseram que o seriado estava no país errado, que Edu não tinha dramas na vida. Outros já diziam que não dava pra saber se a série era carioca ou paulista, que as características do personagem não foram apresentadas como deveriam (algo que pode ser explicado pela troca de roteiros para a estreia). E, finalizando, que o primeiro episódio foi esquecível. Mas nem todos falaram mal: teve gente que elogiou, que gostou pelo fato de não ser uma réplica a Malu Mulher e sim um novo argumento. O ritmo acelerado e as boas interpretações garantiram bons elogios também. Ficou no meio-termo: para uma opinião formada integralmente, era necessário que viessem as cenas do próximo capítulo. E elas vieram, em 27/04/1980.
 
BARRIGA
Às 22h10 daquele dia, logo depois do Viva o Gordo, entrava no ar o capítulo intitulado de "Barriga". Foi escrito pelo próprio Antônio Fagundes. Nesse, Edu acaba engravidando uma de suas amizades, Mônica (participação especial de Lúcia Torres) e contra a vontade da mesma, assume a paternidade da futura criança. A recusa da futura mamãe é justificada pela participação de Edu se resumir apenas ao ato sexual. Ele decide “engravidar” também: lê obsessivamente sobre gravidez, usa uma barriga falsa para sentir a dor na coluna e chega até a ir a um ginecologista, que o expulsa achando se tratar de um maluco. Dessa vez não houve tanta negatividade para a personagem: o contexto em que o enredo da paternidade foi exposto no capítulo foi chamado de original e agradou aos críticos.

VERTIGEM NAS ALTURAS
Para o 3º episódio, no dia 04/05/1981, foi escalado o roteiro original de Bráulio Pedroso que seria o primeiro episódio do seriado; intitulado anteriormente de "Voo Livre", ficou como "Vertigem Nas Alturas". Após impotência e gravidez, Edu agora tem medo de altura. Ele quer conquistar Patrícia, participação especial de Cristiane Torloni, que faz o tipo esportivo. O pai desta, rico que só ele, pode financiar um projeto fotográfico do protagonista, e pra conseguir essa grana Edu vai tentar superar o medo de altura para realizar uma das acrobacias favoritas da filha do magnata: saltar de asa delta. Para tentar superar o medo de altura, ele passa a subir diariamente uma escada de mão dentro de seu apartamento, referência ao filme Um Corpo que Cai, de Alfred Hitchcock. No final do programa, ele acaba se arriscando a voar de asa-delta. O episódio foi criticado negativamente, acusado de ter um 'enredo falho'. O destaque para os críticos, foram as belas imagens aéreas que foram mostradas no programa. Foi o único episódio do programa visto por Daniel Filho.

DAS DIFICULDADES DE SER HOMEM
Segunda feira, 11/05/1981. Dia de Amizade Colorida! A bola da vez era "Das Dificuldades de Ser Homem", um roteiro de Domingos de Oliveira. Ironia do destino, ou não, Edu se envolve com uma feminista, bem no tipo Malu Mulher. Ela é Sônia (participação especial de Renée de Vielmond), uma produtora de moda bem sucedida profissionalmente. Aparentemente, o episódio não apresentou reações nem negativas quanto positivas. A expectativa maior era uma melhora em relação ao episódio anterior, duramente criticado.


GATINHAS E GATÕES
Polêmica a vista! Dia 18/05/1981, o programa Amizade Colorida apresenta ao público o capítulo de nome "Gatinhas e Gatões", roteiro de Lenita Plonczynski. Edu se envolve simultaneamente com mãe e filha: a arquiteta Lúcia Siqueira (Tamara Taxman) e Bebel (Carla Camuratti), respectivamente. Lúcia, esta mulher, é desquitada - tem uma filha de 17 anos (segundo informa a quem interessar possa) que ela educa na tese da liberdade responsável. Trocando em miúdos: Bebel, a filha, sabe que a mãe teve e continuará tendo diversos parceiros sexuais, mas tudo é feito com relativo recato. Assim que Edu entra naquela casa luxuosa, construída e decorada para um modo descontraído de viver, é posto para dormir num sofá na pérgula da piscina, a pretexto de que no quarto de Lúcia pegaria mal. Bebel iria estranhar. Ele acorda com Bebel ensaiando (muito mal, diga-se de passagem), passos de balé à beira da piscina. Daí para diante, desenvolve-se uma competição entre filha e mãe, pelo gatão compreensivelmente gratificado. Freud explica. Edu, que como se sabe é fotógrafo profissional, propõe Bebel a uma agência de propaganda, para um anúncio de geladeira. O trabalho de fotografar a gatinha muito sexy, em poses e trajes provocativos beijando e afagando a geladeira, acaba transferido para onde se poderia imaginar. Lúcia, desconfiada, leva o pai, que leva a polícia, para flagrar o crime de sedução de uma menor. Que tinha 13 anos, conforme revela na delegacia, e passava por 17 para não envelhecer a mãe. Bebel, portanto, já podia transar com quem bem entendesse, sem criar embaraços legais para o seu eventual eleito. Eventual? Lúcia já havia tirado um namorado de Bebel. Alguma dúvida que deu problema? Claro que não. Oito mulheres de São Paulo entregaram ao ministro da justiça, na época Ibrahim Abi-Ackel, um manifesto com 100 mil assinaturas, onde se diziamm contra a comercialização do sexo na televisão e quaisquer mídias, além de medidas urgentes contra a "onda de pornografia" que abalava a estrutura familiar. O ministro classificou como um "cochilo" a liberação do roteiro de "Gatinhas e Gatões". Autoridades competentes relataram reclamações telefônicas vindas de vários pontos do país a respeito do programa exibido naquela semana. A censura, mesmo com a abertura política, voltou a ficar mais rigorosa após o lamentável caso. Um dos redatores, Armando Costa, declarou estranheza pelos protestos, visto que o programa era exibido em horário tardio e destinado apenas a adultos. Em entrevista para a Folha de São Paulo de 23/05/1981, deu a entender que as aventuras sexuais de Edu passariam a ser reduzidas, e os dilemas masculinos passariam a ser tratados com mais abrangência. A justificativa, porém, não era por causa da polêmica gerada em cima do programa anterior, e sim pela "preocupação de escrever para 40 milhões de pessoas". Depois de tantas polêmicas, curiosamente, Armando Costa pediu para deixar a equipe de redatores por um tempo. A decisão foi tomada após a criação de uma "Comissão de Ética", anunciada por Roberto Irineu Marinho. O objetivo nada mais era do que exercer uma 'censura interna' da própria emissora.

BELEZA
Antônio Fagundes escrevera o roteiro "Beleza", escalado para ser exibido em 25/05/1981. Agora, os papéis se invertem: Edu vira modelo fotográfico. Se juntam as poses Débora Duarte (na foto ao lado), Ítalo Rossi e Maria Zilda. Nesse episódio, choveram cenas do Fagundes em trajes mínimos: uma provocação-resposta por tantos protestos na última semana.

BAGUNÇA MARÉ-BAIXA
Para 01/06/1981, o episódio de Amizade Colorida seria o roteiro de Antônio Fagundes "Bagunça". Seria. A censura cumpriu o prometido de ser mais severa e vetou quarenta e duas cenas do programa. Sem nexo, o roteiro tornava-se incompreensível e impossibilitado de ir ao ar. Mesmo anunciando este programa o dia inteiro, na última hora foi exibido "Maré Baixa". Antes da exibição, uma locução justificava os motivos da troca de episódio, e que a Globo impetrara um recurso junto ao Serviço de Censura Federal. Por ter sido exibido de última hora, não há dados sobre "Maré Baixa" em acervos digitais ou livros por mim pesquisados. Por causa dessa instabilidade, a Globo também deixou de divulgar resumos dos episódios aos jornais da época. Naqueles tempos, a faixa das Séries Brasileiras dava um descanso em julho, e já no inicio de junho, a Globo começou a pensar em limpar a Amizade de sua programação, tamanho o trabalho que ela dava.

BAGUNÇA
O recurso da Globo surtiu efeito. Em 08/06/1981, o anteriormente vetado "Bagunça" foi finalmente exibido. Assinado por Fagundes, nele Edu resolve viver com a namorada no seu apartamento. A vida vai se complicando e Edu vira uma verdadeira dona-de-casa, com tarefas e afazeres domésticos para cumprir. O que um enredo tão inocente poderia ter para ser censurado? Fica a duvida. A recepção foi boa tanto pelo público como pela crítica.






Nos dias 15 e 22/06/1981, foram apresentados os episódios TEMPORADA DE CAÇA e MULHER DE AMIGO É HOMEM. Como já dito, a instabilidade em relação a qual texto poderia ser exibido ou não, impossibilitava a Globo de divulgar resumo do programa da semana, sendo assim, não foram encontrados dados sobre esses episódios. Apenas foi descoberto que Vera Gimenez fez participação especial neste último, como a mulher de um amigo de Edu.

MAMÃE, EU QUERO
No dia 29/06/1981, a Globo encerrava a decadente passagem de Amizade Colorida na TV, com o roteiro "Mamãe, eu Quero", de Joaquim Assis. Segundo o Memória Globo, única fonte confiável que cita o episódio com um breve resumo, "a chegada inesperada da mãe de Edu transforma sua vida em um pandemônio". Não se sabe quem interpretou a tal mãe. No retorno das Séries Brasileiras, quem aguardava Amizade Colorida se decepcionou. Em seu lugar, Obrigado, Doutor, que passou das sextas para as segundas, dando seu posto original para um enlatado americano.

Curiosamente, entre 17 e 21/04/1995, a Globo reprisou episódios da série em horário vespertino (14h15), no Festival 30 anos. Não foram encontrados dados específicos sobre quais episódios foram exibidos neste período.

Com informações de:
Acervo Folha de S. Paulo
Acervo Jornal do Brasil
Memória Globo
Dicionário da TV Globo

Fotos:
Acervo Folha de S. Paulo
Acervo Jornal do Brasil
Memória Globo